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Terça-feira, 31 de Julho de 2007
Bom dia,
Este é O Filtro, um roteiro do que há de mais relevante nos principais jornais do país hoje. Todas as manhãs, de segunda a sexta-feira, o boletim eletrônico estará disponivel no site de ÉPOCA.
Boa leitura.
Abraços,
Thomas Traumann
Para que não aconteça mais
Numa antecipação aos resultados oficiais do inquérito, a TAM decidiu que seus aviões não voam mais com o reverso das turbinas travados. A regra vale para todos os vôos, mas será considerada exigência fundamental para operações de aterrissagem e decolagem em aeroportos com pistas curtas, como é o caso dos de Congonhas e Santos Dumont. Agora, a empresa aérea só admite voar com o reverso travado em aviões que façam escalas em aeroportos com pistas longas e grandes áreas de escape.As primeiras informações da caixa-preta do vôo 3054 indicam que o piloto do Airbus A320 enfrentou problemas com o manete, informa O Estado E a FAB decidiu recomendar um alerta especial à tripulação quando o dispositivo de comunicação transponder estiver desligado ou deixar de indicar a posição correta da aeronave para o controle do tráfego aéreo. É a primeira indicação para evitar tragédias como a que matou 154 pessoas na batida entre o Boeing da Gol e um jato Legacy, que voava com o transponder desligado, informa O Estado. Antes tarde do que nunca.
Jobim e a ação
Existe, agora, um ministro da Defesa, mas falta ainda uma direção. Dez dias de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter anunciado a intenção de o governo federal erguer um novo aeroporto fora de São Paulo, o governo recuou. Decidiu pelo argumento do governador José Serra (apresentado pelo ministro Nelson Jobim) indicando que o mais conveniente é investir na construção da terceira pista do Aeroporto Internacional de Cumbica, mostra a manchete de O Estado.
O preferido de Lula para a Infraero, o ex-presidente do Banco do Brasil, Rossano Maranhão, recusou a oferta. E depois de uma semana de pressionar pela renuncia dos incompetentes diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o governo aceitou a sua permanência até 2011.
Numa clara contradição a tudo que as autoridades do governo tem dito, o Valor informa que o governo vai aumentar a liberdade das companhias aéreas, tanto nacionais quanto estrangeiras, para dar descontos aos passageiros nas rotas que ligam o Brasil ao exterior.
Na vida real, a agência americana Bloomberg retrata a decadência do sistema aéreo brasileiro com a história de passageiros como Carlos Amorim, que “pela primeira vez pisou num ônibus interestadual em trinta anos” para sair de São Paulo e chegar ao Rio no horário.
Ex-secretário de imprensa do governo Lula, André Singer escreve artigo na Folha sobre as possibilidades do ministro Jobim como candidato em 2010. “Pois se engana quem imagina meramente técnicos os problemas que estão na mesa de Jobim. Para dar um rumo ao setor aéreo terá que fazer escolhas de princípios e enfrentar interesses organizados. A começar pela gestão militarizada da aviação civil”, afirma.
Pânico antes da demissão
Prestes a ser demitido por incompetência, o presidente da Infraero, J Carlos Pereira, informou à Folha que uma das duas pistas do aeroporto de Guarulhos “está cheia de remendos e não há grooving [ranhuras para dar mais atrito e facilitar a frenagem dos aviões]". "Imagina se um avião pousa e solta uma parte qualquer? Aí, lá vamos nós lá, correndo de novo", disse. Pereira escolheu vazar a informação no dia em que 52 vôos foram transferidos de Congonhas para Guarulhos. Como ele está na direção da estatal desde 2003, fica a questão sobre os motivos do defeito não ter sido sanado antes.
Lobby em forma de jornalismo
Incompetência e má-fé fazem a festa na reportagem do diário americano The Washington Post sobre o etanol brasileiro. Claramente feita para agradar o lobby dos produtores de etanol à base de milho do Illinois, a reportagem diz que “jaguares, ararinhas azuis e tatus gigantes” que vivem no cerrado brasileiro serão ameaçados pelo avanço da produção de cana-de-açúcar. Deixa de lado dados básicos como o fato de a produção de cana se concentrar em São Paulo e das pesquisas mostrarem redução no desmatamento no cerrado nos últimos anos. Vergonhoso. Já o The New York Times traz uma reportagem ambiental fraquinha, fraquinha afirmando que o governo brasileiro está mais preocupado com as mudanças ambientais causadas pelo desmatamento. Deveria estar, mas não é verdade. A matéria só serve para o correspondente Larry Rother _ em sua interminável despedida do Brasil _ afirmar que o conhecimento de Lula sobre meio ambiente é “rasteiro”.
O futuro da web
Por falha técnica, não inclui na coluna de ontem a entrevista do historiador britânico Andrew Keen à Folha, sobre o poder das fontes de informação na internet. É a velha briga de onde virão as notícias mais confiáveis no futuro: dos blogs ou dos sites dos veículos tradicionais? Keen, defensor da segunda opção, afirma que a web 2.0 virou um culto ao amaradorismo e que sites como o YouTube e a Wikipedia estão gerando "menos cultura, menos notícias confiáveis e um caos de informações inúteis". Um outro lado sobre o futuro da rede está em longa reportagem da revista americana New Yorker. Michael Specter conta a história do spam, da sua criação acidental em 1978, passando pela previsão de Bill Gates de que ele acabaria em 200 6 até hoje, quando parece que irá acabar com qualquer graça de se abrir a caixa de e-mails.
O pior do ensino para os mais pobres
Depois de três anos de avaliações, o Ministério da Educação descobriu que Metade das universidades com resultados sofríveis no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) oferecem bolsas no Programa Universidade para Todos (ProUni) em troca de isenções de impostos por parte do governo. Neste ano, essas isenções devem totalizar R$ 126 milhões, noticia ótima reportagem de O Estado. Em bom português: as piores vagas do ensino superior estão indo para os mais pobres.
Números, números
Deve ter sido muito confusa a entrevista da Secretaria do Tesouro sobre os resultados financeiros da União no primeiro semestre, pois cada jornal atira para um lado. A reportagem mais esclarecedora é de Ribamar Oliveira, em O Estado, mostrando que a voracidade da arrecadação permitiu ao governo aumentar as suas despesas e, ao mesmo tempo, elevar seu superávit primário (a economia para pagar os juros das dívidas públicas).
Em cifras: o superávit atingiu R$ 43,78 bilhões - R$ 5,2 bilhões a mais do que em igual período do ano passado. Já as despesas cresceram 12,7% ante o mesmo período de 2006.
Os cansados
Em artigo devastador na Folha, Jânio de Freitas afirma que “o odor exalado pelo movimento "Cansei", ainda que nem todos os seus fundadores tenham propósitos precisamente iguais, é típico do golpismo que sempre foi a vocação política mais à vista na riqueza, não importa se cansada ou não (...) O que mais deseja a riqueza brasileira, além das condições inigualáveis que o governo Lula lhe proporcionou? O fim da inflação, o emudecimento do sindicalismo e das reivindicações sociais; concessões transgênicas para todos os tipos de grandes empresas e negócios, Bolsa farta e imposto baixinho ou a zero; e, sobretudo, a transferência gratuita de um oceano de dinheiro dos cofres públicos para os da riqueza privada, por intermédio dos juros recordistas concedidos pelo próprio governo aos títulos de sua emissão. Ainda não basta?”.
Menos um
O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba cassou ontem o mandato do governador Cássio Cunha Lima (PSDB), e do vice José Lacerda (DEM), acusados de abuso de poder político nas eleições de 2006 pela distribuição de dinheiro a 35 mil famílias. Mas os advogados de Cunha Lima devem entrar com recurso no TSE hoje -o que deve mantê-lo no cargo até um novo julgamento, informa a Folha.
Um punido exemplar
Sob o risco de perder a carteira de motorista, o tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet iniciou ontem um curso de reciclagem de trânsito no Detran, em Brasília. Piquet fez do limão uma limonada. Deixou-se filmar na sala de aula e, sorrindo, afirmou no G1 que deveria "pagar pelos seus atos".
Anonioni se foi
O cineasta italiano Michelange Antonioni morreu ontem aos 84 anos. Diretor de filmes como “Blow-Up” e “L’Aventura”, Antonioni foi junto com Fellini o construtor do cinema italiano moderno, menos realista e mais criativo. Um perfil somente razoável do diretor está no site do The New York Times.


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